Noite da Alma - Booktrailer

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Mistério...

domingo, 29 de janeiro de 2012

Nativa

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sou...


SOU...


Sou Vida sobre a Terra
Sou Alma em Aprendizagem
Sou Corpo Terreno e Mortal
Sou Espirito Eterno e Universal

Sou Criança brincalhona e irresponsável
Sou Jovem divertida e curiosa
Sou Mulher inteligente e amável
Sou Idosa sábia, avó extremosa

Sou um Momento, um Instante
Sou prolongamento Infinito
Sou Chama ardente e fulgurante
Sou Oceano calmo e pacífico

Sou a brisa suave por entre as árvores
Sou a terra que meus pés pisam
Sou o voo de todas as aves
Sou as tempestades que se avizinham

Sou Ser Consciente e Inconsciente
Sou corpo Mental e Emocional
Sou Chama Divina, sempre presente
Sou um Ser Humano, comum e banal

Sou Alegria Suprema exuberante
Sou Dor de Alma de tanto Amar
Sou átomos e moléculas, ser pensante
Sou Pó de Estrela, efusão estelar

Sou um habitante da Nave Terra
Que pertence ao Universo em Expansão
Viajo de Mundo em Mundo, de Terra em Terra
Espreitando e vivendo entre esta e aquela Dimensão


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Entrevista a Sophia CarPerSanti autora de "Noite da Alma"



Entrevista a Sophia CarPerSanti autora de "Noite da Alma"


Já sabemos que através da Internet temos oportunidade de conhecer novas pessoas e foi assim que conheci a escritora Sophia, autora de Noite da Alma. Gentilmente cedeu a responder algumas questões que me propus fazer-lhe e aqui está o resultado! Espero que gostem tanto como eu gostei! 


1 - Fala um pouco sobre ti.

Sou uma jovem de 32 anos, que espera vir a ser uma jovem de 40, uma jovem de 60 e, com alguma sorte, uma jovem de 80 anos.

Gosto de aprender coisas novas, pelo que já me debrucei sobre uma enorme variedade de temas mas, a nível mais formal (académico), licenciei-me em Educação Física e Desporto (licenciatura de 5 anos) e em Ciências Psicológicas, encontrando-me de momento a finalizar o Mestrado Integrado em Psicologia Clínica. Também estudei línguas, como o Inglês, o Espanhol, o Francês e o Japonês. Na minha lista de línguas a aprender encontram-se ainda o Mandarim e o Árabe.

Os meus gostos pessoais difundem-se pelas mais diversas áreas. Gosto de praticar actividade física, principalmente Voleibol, Iaido e tudo o que se encontre associado à música (Ginástica, Dança, Patinagem, etc.). Também dedico muito do meu tempo livre às Artes, em especial ao Desenho, à Pintura a Óleo e ao Artesanato.

Adoro ouvir música e, parte do meu cérebro, está sempre a cantar qualquer coisa. Não tenho nem estilos nem bandas preferidas, mas muitas canções que me acompanham, desde Fado, a Ópera, Bandas Sonoras (incluindo dos filmes da Disney), Metal Alternativo, Rock, JRock, JPop, etc.

Gosto de ir ao cinema e, embora não veja televisão, sigo as minhas séries preferidas via Internet, o que inclui a minha dose semanal e indispensável de Anime.

Viajar é outra das minhas paixões, a qual, felizmente, consigo alimentar pelo menos uma vez por ano.

Gosto de desafios, especialmente mentais, e de testar os meus limites e capacidades. Por esse motivo, gosto ainda mais quando sou surpreendida e as coisas se desenrolam de forma diferente daquela que inicialmente previ.

Acima de tudo, sou uma leitora compulsiva, tendo havido momentos, na minha vida, em que os livros eram o centro do meu mundo, pelo que andava com eles para todo o lado e até dormia com um ou dois volumes ao lado do travesseiro. :) Foi precisamente o gosto pela leitura e o fascínio pela possibilidade de criar novos mundos, novas vidas e novas histórias, que me levou a dedicar-me à escrita. Desde então, sempre que o mundo real me dá umas tréguas, é lá que a minha mente se encerra, por entre imagens, diálogos e acontecimentos que depois tento ‘passar para o papel’.

Actualmente, nada me dá mais prazer do que ter uma tarde livre para me sentar com o meu computador portátil, enrolada numa mantinha, e escrever. ^_^



2 - Quais as tuas influências e qual o teu género literário favorito?

Influências…? Várias. Muitas, mesmo. Desde os livros que li, aos filmes que vi e à vida das pessoas que me rodeiam.

No início, a maior influência provinha, claramente, dos livros, num sistema bem linear: Eu lia algo de que gostava e, a seguir, criava uma história semelhante, dava continuidade ao que tinha lido ou desenvolvia a história de uma das personagens.

Depois comecei a permear o que escrevia com outros factos, outros conhecimentos, até que passou a ser difícil determinar, concretamente, de onde proviera a ideia inicial.

Actualmente, reconheço que sou bastante influenciada pelas viagens que faço (principalmente a nível do setting onde as histórias se desenrolam) e pelos conhecimentos que fui adquirindo, tanto a nível académico, como através das pesquisas que faço quando dou asas aos meus interesses pessoais.

A colecção “Gaea” é bastante influenciada por áreas relacionadas com o Oculto e com a Espiritualidade, sobre as quais tenho vindo a debruçar-me ao longo dos anos, e que incluem tanto a Magia, como as Artes Divinatórias, as Religiões do Mundo, as Tradições Ancestrais, a Simbologia, os Mitos dos Povos da Antiguidade e as actuais correntes comummente denominadas como pertencentes à New Age.

Os meus géneros literários preferidos incluem o Romance, a Fantasia, o Fantástico, e a Ficção Científica. A bem dizer, gosto de tudo o que fuja ao mundo de todos os dias. Gosto ainda mais se, mesmo assim, a história possuir um elevado potencial de realidade.



3 - Quando soubeste que querias ser escritora e como foi o teu início na escrita?

Soube que queria ser escritora por volta dos 16 anos.

As minhas primeiras aventuras no mundo da escrita tiveram lugar quando tinha cerca de 10 anos e foram sob a forma de poesia. Nessa altura escrevia muito sobre a natureza e sobre as coisas que via e de gostava. Eram poemas curtos, de 3 ou 4 quadras, mas que, mesmo assim, deixavam a minha família toda deliciada. :)

A primeira vez que resolvi escrever em prosa devia ter uns 13 anos e ainda hoje guardo as folhas A4 que contam as aventuras de Griksla e Aifos, os meus dois primeiros heróis. No entanto, acabava sempre por me desinteressar dos meus projectos literários, principalmente porque, tal como disse anteriormente, eles eram moldados à imagem dos livros que lia e, por esse motivo, impregnados pelas emoções que me restavam, depois das minhas leituras. À medida que o empolgamento que sentia em relação a determinado livro ia diminuindo, o interesse que sentia pelo que estava a escrever também ia desaparecendo, pelo que acabava sempre por desistir.

No entanto, quando entrei para o 9º ano, tudo mudou. Foi então que conheci a minha melhor amiga. Como partilhávamos dos mesmos gostos e ideias, começámos a escrever juntas, uma coisa completamente nova. Escrevemos durante cerca de 9 anos e o fruto da nossa imaginação ocupa cerca de 80 cadernos A5. Até hoje, considero aquele o manuscrito mais louco e brilhante que alguma vez li e a sua complexidade deixa-me completamente atordoada, ainda mais porque metade foi escrito por mim.

Foi nessa altura que descobri o prazer de escrever e que fiquei completamente viciada na sensação.

Ainda no 11º ano iniciei um novo projecto, só meu, e o primeiro que levei em frente, intitulado “A Gema de Ominium”, do estilo Fantasia Épica. No entanto, com a faculdade pelo meio, a produção escrita teve de sofrer uma pequena diminuição.

Em 2008 resolvi mudar de estilo e experimentar algo novo e que, honestamente, achei ser incapaz de escrever. E foi assim que nasceu “Noite da Alma”, da colecção “Gaea”.



4 - Tens uma rotina ou horário de escrita ou deixas simplesmente a imaginação fluir?



Não tenho uma rotina.

Preferencialmente, escreveria todas as noites, da 1h am às 7h/8h am (que é o que habitualmente faço quando estou de férias). Mas como o ideal está longe de ser possível, escrevo sempre que posso, em qualquer lugar e a qualquer momento. Ando sempre com o caderno atrás e, quando não me é possível tirar o caderno de dentro da mala, escrevo no meu bloco de notas mental que, felizmente, nunca fica sem folhas e no qual já habitam alguns livros que tenho de passar para o computador.

Não elaboro projectos, antes de começar a escrever, embora saiba que deveria fazê-lo. No entanto vou tirando notas, principalmente a nível do tempo da história (chego mesmo a fazer calendários) e da descrição dos personagens. Quando estou em mundos diferentes, faço mapas e desenho cidades. Também já cheguei a desenhar alguns dos meus personagens, mas acabei por desistir. Embora goste muito de desenhar, não sou propriamente uma retratista e por isso ‘não tenho arte suficiente’ para passar as coisas para o papel, tal como as vejo na minha cabeça. Além do mais, gosto de permitir que os leitores imaginem os personagens que crio ao seu gosto, razão pela qual não quis fotografias na capa do meu livro.

Acima de tudo, gosto de deixar a imaginação fluir e nunca determino ou defino o fim de um livro que esteja a escrever, antes de efectivamente lá chegar. Gosto de ser surpreendida pelos meus próprios personagens. Eles é que me dizem como é que a história acaba.




5 - Por favor, fala-nos sobre o teu livro. Como surgiu a ideia inicial?

“Noite da Alma” foi o primeiro livro que escrevi num setting contemporâneo e a ideia inicial partiu de uma base bastante filosófica: Até que ponto o que consideramos ser o Bem é bom, e que consideramos ser o Mal é mau. Nele misturei muitos dos meus elementos preferidos: o romance, a magia, a inversão dos valores, a inevitabilidade e o poder que uma única decisão pode ter sobre as nossas vidas. Toca ainda temas como a religião, a reencarnação, a evolução das almas e as tradições ancestrais, segundo as quais o planeta Terra é um ser vivo, dotado de consciência e de um corpo próprio sobre o qual caminhamos.

Esta foi, também, a minha primeira tentativa de escrever um livro com um fim em si mesmo e que não fizesse parte de uma saga, como acontece com os livros que escrevi anteriormente. 

De resto, o livro é escrito pela Mari (personagem principal), que é o completo oposto de mim na maior parte das coisas, o que foi bastante divertido. Nunca tinha escrito nada na primeira pessoa que me obrigasse a deslocar-me tanto para fora de mim mesma e por isso foi um grande desafio e uma experiência bastante interessante.

À parte de Michael e Gabriel, os quais faziam parte do plano inicial, os restantes personagens foram surgindo à medida que ia escrevendo, e foram-se desenvolvendo e crescendo de formas, muitas vezes, surpreendentes, como é o caso de Lea, por quem me encontro perdidamente apaixonada. :)



6 - Quais os teus projectos futuros?

Para já, divulgar a “Noite da Alma” e conseguir que o livro chegue ao maior número de pessoas possível. E depois, quem sabe, editar os outros livros que já se encontram escritos dentro da colecção “Gaea”.

Assim que tiver um pouco mais de tempo, quero concluir o manuscrito que me encontro a desenvolver (“Sombra Branca”) e que, neste momento, se encontra completamente esquartejado, como se fosse um puzzle cheio de buracos. :) Quero ainda arranjar disponibilidade para dar uma boa revisão em “A Gema de Ominium”, que é um projecto que não pretendo abandonar.

Por último, e principalmente, continuar a escrever, sempre.



7 - Que conselhos darias às pessoas que sonham um dia verem os seus livros publicados?



Acima de tudo nunca, nunca desistir! Editar um livro é uma batalha que tanto pode ser vencida à primeira, como levar anos até que uma porta se abra.

Depois, é essencial que o escritor acredite em si mesmo. É claro que saber aceitar críticas é muito importante, mas saber quem somos e que escrita queremos produzir é ainda mais importante. É impossível agradar a toda a gente e se não nos mantivermos fiéis a nós mesmos, variando constantemente de acordo com as opiniões ou correndo atrás do que parece ser mais vendável ou mais interessante no momento, o mais certo é perdermo-nos, e o que escrevemos acabará por reflectir isso mesmo e deixará de ter alma. Um bom livro não é feito só de palavras bonitas e bem organizadas, de modo a formarem frases. Possui algo mais que o torna especial, que o faz brilhar, e que toca o leitor fazendo-o vibrar. Um livro assim só pode ser produzido se a mão que o escreve for honesta e obedecer à verdadeira natureza do autor.

Por último, e talvez o mais importante: Escrevam porque gostam, porque amam, porque adoram! Não vale a pena escrever porque gostaríamos muito de editar um livro, de ser famosos ou de ganhar dinheiro (até porque isso dificilmente acontecerá). Se escrevermos porque o simples acto de escrever nos dá prazer, nada nos pode derrubar. Nem as persistentes recusas das editoras, nem as críticas menos simpáticas, nem o facto de o nosso livro não ter tido o sucesso esperado. Como diz o ditado ‘Quem corre por gosto não cansa’. Alimentem-se a vocês mesmos, não fiquem á espera que sejam os outros a impulsionar-vos. Assim, se já nos encontrarmos em movimento pelas nossas próprias pernas, todos os empurrões que surgirem pelo caminho só vão servir para nos levar ainda mais longe. De igual modo, todas as pedras que nos fizerem tropeçar, nunca terão força suficiente para nos deixar eternamente estendidos no chão.




Perguntas rápidas:

Um livro: “A História Interminável”

Um autor (a): J. R. R. Tolkien

Um actor ou actriz: Johnny Deep

Um filme: “Braveheart”

Um dia especial: De sol, numa ilha deserta e tropical. A sombra de um coqueiro, uma brisa marítima, areia fina e macia, uma cesta de maracujás frescos, um bom livro à direita e um caderno e uma caneta à esquerda.

Um desejo: Um Portal de volta para casa.



E um grande obrigado à Sandra Sousa. ^_^

domingo, 15 de janeiro de 2012

Noite da Alma - Um Olhar sobre a Simbologia I (Cap 1 - Cap 10)

Noite da Alma

- Um Olhar sobre a Simbologia I -

(Prefácio - Cap 10)


Para quem já teve a oportunidade de o abrir, certamente reparou que o Livro 'Noite da Alma' inicia cada um dos seus capítulos com a apresentação de um Símbolo Mágico. Estes Símbolos encontram-se fortemente ligados com os acontecimentos principais de cada capítulo, pretendendo-se que sejam a representação gráfica do ponto-chave ou da sensação global de cada uma das etapas da história.

Mas o que significam, na verdade, todos aqueles Símbolos?

Eis, então, o meu Dicionário de Símbolos ^_^


* Prefácio
– Símbolo: O Pentagrama


Este é um símbolo que data de há cerca de 3000 anos a.C., surgindo em escritos encontrados na Mesopotâmia.
Um pentagrama (do grego antigo πεντάγραμμος) é uma estrela composta por cinco rectas e cinco pontas. Trata-se de uma figura geométrica, dotada de vários significados, de acordo com as culturas e as épocas históricas da Humanidade.
Actualmente, os cinco vértices encontram-se, muitas vezes, associados aos cinco elementos:
- ύδωρ Hydor: Água
- Γαια Gaia: Terra
- ίδέα Idea ou ίερόν Hieron: “a Partícula Divina” ou Espírito
- έιλή Heile: Fogo
- άήρ Era: Ar
Muitas vezes, simboliza também os cinco sentidos ou as cinco chagas de Jesus Cristo, pelo que pode ser visto como um talismã de protecção contra demónios.
Como represente dos 5 elementos, o pentagrama é utilizado, habitualmente, em cerimónias de evocação dos espíritos elementais dos quatro quadrantes (direcções cardinais) no início de um ritual. Esta evocação tem como objectivo estabelecer uma ‘barreira’ protectora em torno dos participantes. O círculo que muitas vezes circunscreve o pentagrama é visto como a união harmoniosa dos 5 elementos.
O Pentagrama por si só expressa o domínio do Espírito sobre os Elementos da Natureza (a base da Magia), pelo que ao signo do Pentagrama chama-se igualmente Signo do Microcosmo, representando o que os rabinos cabalistas do Livro do Zohar (complemento místico do Torah, os cinco livros de Moisés) denominavam de Microprosopio.

Para informações mais detalhadas: AQUI e AQUI

è Ponte com ‘Noite da Alma’: Nenhuma em especial. Apenas que o Pentagrama é um dos meus Símbolos de Magia preferidos, pelo que o escolhi para a abertura do meu livro.



* Capítulo Primeiro
- Símbolo: Enxofre


É o símbolo alquímico do Enxofre, que é análogo à Alma Humana. Na Alquimia, o Enxofre representa o masculino, o quente e o seco, que complementa o Mercúrio (feminino, frio e húmido). Estes dois elementos eram considerados os pais de todos os metais.
Este símbolo é, ainda, utilizado por muitos seguidores de cultos satânicos, devido à sua adopção como emblema do Satanismo por Anton LaVey.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: A Evocação de Gabriel



* Capítulo Segundo
- Símbolo: Triquetra


A Triquetra é um símbolo tripartido composto por três Vesica Pisces entrelaçados, marcando assim a intercepção de três círculos.
Para os Cristãos é tido como o símbolo da Santa Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), e por vezes visto como três peixes entrelaçados.
No entanto, a Triquetra é um símbolo com origens muito anteriores à Era Cristã, tendo sido utilizado pelo Celtas, como símbolo da Deusa (as três facetas da Deusa: Virgem, Mãe e Anciã), e pelos povos Vikings, como símbolo do Deus Odin.
Simboliza, ainda, as três facetas do Ser Humano em equilíbrio (Mente, Corpo e Alma), bem como, de acordo com as lendas celtas, os três domínios da Terra: terra, mar e céu.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: Tentando manter o equilíbrio que ameaça ser destruído.



* Capítulo Terceiro
- Símbolo: Suástica


A Suástica é uma das expressões da Cruz Solar, com os braços dobrados em ângulos rectos, simbolizando uma espiral ou o movimento rotacional.
O nome Suástica tem origem no Sânscrito, derivando de ‘su’, bem, e ‘vasti’, ser, formando ‘bem ser’ ou ‘bem-estar’.
Na Índia era usado como um talismã de boa sorte e fertilidade. Assim, caso a Suástica girasse para a direita, simbolizava o sol e a energia positiva, associada a Ganesh, Deus da prosperidade e da Saúde. Caso girasse para a esquerda, simbolizava as forças da escuridão da Deusa Kali. Juntos são vistos como um símbolo semelhante ao Yin-Yang.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O início da mudança. Colocando em movimento…



* Capítulo Quarto
- Símbolo: O Homem no Labirinto


Este símbolo representa a viagem do Ser Humano, através da vida. Embora o desenho pareça um labirinto é, na verdade, um único percurso, com muitas curvas e viragens, as quais representam as escolhas que fazemos na nossa vida. O Centro é negro, visto que a viagem deverá ser feita da escuridão para a luz.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: Mari toma uma decisão-chave: aceitar o inevitável, e inicia o caminho que lhe foi destinado (o único caminho existente).



* Capítulo Quinto
- Símbolo: Ampulheta


A Ampulheta é um dos símbolos mais comuns do Tempo, embora prenda, no seu interior, a promessa da Vida, visto ser reversível (pode ser invertida e o tempo volta ao início). Por esse motivo, encontra-se muitas vezes associada á ressurreição, principalmente por entre as Ordens dos Freemasons e Rosacrucianos.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: Marca o passar do tempo em que uma nova rotina se instala.



* Capítulo Sexto
        - Símbolo: Cruz Solar (Cruz de Odin, a Roda de Taranis)


A Cruz Solar é, provavelmente, um dos símbolos espirituais mais antigos do mundo, surgindo um pouco por todo o lado - Ásia, América, Europa e Índia - desde o início da História da Humanidade.
Composto por uma cruz equilátera encerrada no interior de um círculo, representa o calendário solar: os movimentos do sol, marcando os solstícios. Por vezes, os equinócios também eram marcados, formando uma cruz de oito braços.
No budismo é conhecida como a Roda da Vida, Roda de Samsara, (perambulação) que determina o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O renascer inconsciente dos sentimentos existentes entre Mari e Michael.



* Capítulo Sétimo
- Símbolo: O Olho de Horus e o Olho de Ra (Udjat e Wedjat)




O olho direito representa o Sol, encontrando-se associado ao Deus Ra.
O olho esquerdo representa a Lua e o Deus Toth. De acordo com a lenda, Seth arrancou o olho esquerdo a Horus, o qual lhe foi restituído através de artes mágicas por Thoth, Deus da Magia. Depois de o recuperar, algumas histórias dizem que Horus ofereceu o seu olho a Osíris, o que permitiu que esta divindade solar passasse a reinar sobre o submundo.
Os dois olhos juntos representam a Unidade Universal, semelhante ao conceito Taoista do Yin-Yang.
A nível espiritual, o olho direito reflecte o sol, a energia masculina a razão e a matemática. Por outro lado, o olho esquerdo encontra-se associado ao fluido, ao feminino, à energia lunar, à intuição e à magia. Juntos representam o poder transcendente.
No passado acreditava-se que o Olho de Horus era dotado de poderes de cura e protecção, sendo usado como amuleto de protecção e como instrumento medicinal, usando-se as proporções matemáticas do olho para se preparar poções e medicamentos.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O primeiro choque entre a luz e as trevas, entre a lua e o sol, entre o bem e o mal. Por outro lado, a atracção entre as trevas e a luz.



* Capítulo Oitavo
- Símbolo: O Caçador de Sonhos


O que conhecemos actualmente como ubiquitous, "Caçador de Sonhos", era, originalmente, um talismã pequeno, feito de madeira de salgueiro, a qual era dobrada num círculo posteriormente preenchido por uma rede de fibras de plantas de modo a parecer-se com a teia de uma aranha.
Os primeiros Caçadores de Sonhos foram feitos pelos Ojibwa (Chippewa) e eram usados como talismãs de protecção para as crianças. Assim, a ‘teia de aranha’ prenderia no seu interior os espíritos negativos, causadores de doenças e pesadelos, protegendo as crianças. A negatividade apanhada na teia seria destruída pelo nascer do sol. De acordo com a maioria das fontes, os Caçadores de Sonhos originais eram feitos em honra de Asibikaasi, ou Aranha-mulher, cujas teias mágicas tinham o poder de prender o sol.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O sonho acordado do dia passado na companhia de Michael.



* Capítulo Nono
- Símbolo: O Cálice


O Cálice é uma ferramenta essencial utilizada na Magia Ritual, representando o elemento água, a receptividade, a energia feminina e a forma.
Na Missa Católica, o Cálice é o recipiente onde se dá a transubstanciação pela qual o vinho é transformado no Sangue de Deus, ritual que teve origem na tradição hebraica de Kiddush, o qual representa a presença de Deus durante o Sabbat Judeu e na Páscoa dos Judeus.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: O Mari começa a mudar e a tornar-me mais receptiva ao novo mundo que a rodeia.



* Capítulo Décimo
- Símbolo: Hexagrama Unicursal


Este símbolo foi criado com o propósito de desenhar uma figura num único movimento, tal como acontece com outros polígonos mágicos, como é o caso do pentagrama.
O Hexagrama Unicursal foi adoptado e estilizado por Aleister Crowley, no início do século XX, sendo uma derivação do hexagrama habitualmente conhecido como “Estrela de David”. Simboliza o princípio oculto da balança em que o que está em cima é idêntico ao que está em baixo, a imparcialidade e o movimento contínuo. Simboliza ainda a União Divina.
è Ponte com ‘Noite da Alma’: Embora em busca do equilíbrio, o movimento não cessa e os acontecimentos sucedem-se.


Continua...

Sophia C.*



sábado, 14 de janeiro de 2012

O Sagrado em Avalon



O Sagrado em Avalon


   
      Glastonbury (Somerset, em Inglaterra) é uma cidade que parou no tempo.

    Considerada uma cidade sagrada, é ponto de peregrinação desde a Idade Média, por constar que foi ali, num Poço Místico, que José de Arimateia, escondeu o Santo Graal, ou o Cálice da Última Ceia de Cristo. É também a Avalon das lendas Arturianas, onde consta que, na Abadia de Glastonbury, um monge encontrou o túmulo do Rei Artur e de sua Rainha, Guinevere, o qual permaneceu no interior da Abadia até à Reforma Religiosa da Inglaterra, quando todos os conventos e monastérios foram encerrados por ordem do Rei.

   Sendo um local turístico, a maioria das pessoas chega a Glastonbury inseridas em excursões. Outras, mais aventureiras, através de mapas e do tão conhecido GPS.

    A chegada à cidade é sempre acompanhada de elevados níveis de expectativa e curiosidade. Os panfletos, recolhidos com antecedência no último ponto turístico, provavelmente em Bristol ou em Bath, acumulam-se no banco de trás do carro alugado, sendo que os pontos-chave assinalados são, como não poderia deixar de ser, a Abadia, o Monte Tor e os Jardins do Chalice Well (Poço do Cálice).

     Imediatamente percebe-se que aquela não é uma cidade comum…

   Relativamente pequena e acolhedora, a rua principal dá entrada para a Abadia, a sua perpendicular polvilha-se de pequenas lojas e, na praça resultante da união das duas, pequenos cafés convidam ao descanso. No entanto a atmosfera é única.


    Nas vitrinas das lojas vêm-se livros sobre Magia, Astrologia, Tarot e Terapias Alternativas. Pêndulos, pedras semi-preciosas e cristais brilham ao serem tocados pela luz do sol. As lojas esotéricas e os restaurantes vegetarianos dominam o comércio. O aroma dos incensos espalha-se pelas ruas e as pessoas sorriem amigavelmente quando se cruzam, mesmo sem se conhecerem.

    Ali, as crenças misturam-se sem preconceitos. Pagãos e cristãos moram lado a lado, frequentam os mesmos locais de culto e respeitam-se mutuamente, numa perspectiva de Amor Universal. Hippies, Padres, Magos e Sacerdotisas percorrem as ruas dentro do espírito fraterno que todas as crenças apregoam e que parece ser tão difícil de pôr em prática.

    O primeiro ponto de paragem é a Abadia de Glastonbury, a primeira igreja cristã nas Ilhas Britânicas, onde, nas criptas deste local místico, o coro da Igreja, trajando as suas túnicas pretas, vermelhas e brancas, ergue as suas vozes em hinos de glória em nome do Senhor.


    De seguida segue-se o monte Tor, uma colina com acesso em espiral que data do neolítico, no topo do qual se encontra a Torre de São Miguel, a única coisa que resta da antiga igreja com o mesmo nome, construída no século XII. Este é um local antigo e ancestral, ponto de culto dos povos pagãos e, segundo a tradição, um Portal para o Outro Mundo, cujo senhor é Gwynn ap Nud.


    Nos relvados que rodeiam a Torre de São Miguel, grupos juntam-se em meditação, contemplação e oração. E, ao pôr-do-sol, os rituais de despedida do dia que termina e de acolhimento à noite que se inicia, ecoam por este lugar sagrado.


    No interior desta Torre, o Aspirante, ainda inconsciente da sua posição, recebe o primeiro sinal que lhe indica que algo está prestes a mudar. Eis se não quando, inesperadamente, insolitamente, das alturas que o rodeiam, cai mesmo a seu lado um pequeno coração de pedra, de laivos brilhantes.


    Perscrutando as muralhas antigas, o improvável, para não dizer impossível, torna-se real. E aquilo que não tem justificação racional deve ser aceite, e integrado, e reconhecido com Gratidão.


     Com o dia a terminar a cidade adormece. Porque aqui não há horas de trabalho pela noite dentro. Aqui respeitam-se os ritmos da natureza, e os ritmos do Homem, que necessita de tempo para si, para a sua família e para a espiritualidade.

     O amanhecer também é tardio, pois há que dar graças pelo dia que se inicia, seja rezando uma Ave Maria, ardendo um pau de incenso, meditando ou agradecendo a vida que Gaia alimenta e suporta sobre a sua imensa superfície.

     As lojinhas, essas, são encantadoras. O sonho de qualquer um, que trilhe os mundos da espiritualidade. E eis se não quando, ao explorar um pouco melhor a cidade, ao passar sob uma arcada pintada por algum artista desconhecido, numa pracinha com a estátua de um Buda de um lado e a de uma Donzela do outro, encontra-se um Templo Perdido.

    A curiosidade que alimenta os passos, à medida que se sobe as escadas, é rapidamente substituída por uma profunda sensação de Reverência. Ali, naquele cantinho afastado do trânsito diário de turistas, a Vibração é intensa, quase palpável.

    Os sapatos ficam do lado de fora e, de porta aberta, o pequeno Templo convida todos os que ali chegam a entrar e a parar, por instantes, para desfrutar do Silêncio e de um momento de Encontro único com o Eu e com as Energias do Cosmos. À esquerda, um Círculo formado por suaves panos de seda, recebe no seu abraço aqueles que vêm necessitados de Cura. À direita, num pequeno altar, decorado com espigas e flores, ardem algumas velas. O semi-circulo que o rodeia é formado por almofadas e, sentadas aqui e ali, pessoas de todas as Raças meditam e oram.

    Este é o Templo da Deusa, da Mãe, da Energia Feminina Criadora, de Gaia na Visão daquela-que-suporta-a-Vida. Aqui não existem imagens, nem ícones. A Divindade não tem nome, nem rosto. É Energia Pura; a Energia que nos rodeia e que nos habita. A mesma que nunca se perde, apenas se transforma, adoptando outras formas. Aqui, o Abraço da Mãe é sentido, amado e agradecido. Aqui todos são Filhos, e todos são Pais, e todos são Deuses. Indiscutivelmente, a conexão encontra-se presente. Neste ponto de Oração a expressão máxima de Glastonbury é ainda mais intensa, mais sentida e, por esse motivo, melhor compreendida. A sincronia deixa o Coração aos saltos, exultante, no reconhecimento de quem, inesperadamente, se vê de volta a Casa. Aqui a Onda Vibratória é a mesma e a linha lúminica que une este ponto Sagrado a um outro, em Lis-Fátima, Portugal, é absoluto, claro e inegável. Quase como se aqui se encontrasse a expressão, no Mundo Físico, do que é guardado nos planos sublimes de Lis. A Mãe encontra-se presente, não só no ar que se respira, mas também nos Corações daqueles que oram naquele lugar.

   Em Contemplação, em Exaltação, o Aspirante inconsciente mal se apercebe da Irmã que ocupou o lugar a seu lado. E por isso, é com surpresa que se vê abordado por esta mulher de cabelos compridos e claros. A partilha é imediata, e muito para além de palavras. A voz que fala é de coração para coração, de Alma para Alma. E assim o planeado foge ao controlo, e o que deveria ser apenas um passeio turístico transforma-se num Curso Sacerdotal e numa Iniciação. O convite é directo, frontal e irrecusável. O reconhecimento também. Os olhos sábios que observam o Aspirante reconhecem nele outras Iniciações Etéricas, e a Dama do Lago é a mesma, quer ali, quer em Portugal. Sem serem necessárias apresentações ou conversas sobre o quotidiano, o conhecimento existe, como se de Irmãs reencontradas se tratassem. Há uma Ligação Superior reconhecida, tanto entre Almas, como entre Vibrações e Centros Superiores. Acima de tudo, há uma Ponte a ser estabelecida. Um regresso à Origem. Uma União de duas partes que, nos Mundos Invisíveis, sempre foram apenas Uma.

   Os Ensinamentos partilhados ao longo dos dias seguintes são de simplicidade, harmonia, conexão suprema com o Universo, mas também, e em especial, com o pequeno que nos rodeia. A Mãe que nos suporta e dá vida também respira, e fala, e ama. Há que redescobrir os Sentidos que permitem ao Homem entrar em sintonia com aquela que, mesmo sem pedir nada em troca, nos envolve e nos abraça, como o Sorriso doce e maternal de Maria. O Conhecimento em si é Ancestral e, de certa forma, lógico, mas, infelizmente, esquecido. Há que reaprender a ser Uno com o Mundo, a compreender e a respeitar os seus ritmos, pois só assim é possível eliminar o atrito e o ruído que nos mantém presos à densidade material que abafa a Luz do Espírito. Aqui sabe-se que a Evolução do Homem passa pelo Amar daqueles que são menores e, aparentemente, insignificantes, e não apenas pela Devoção ao Supremo Criador, ou da Aspiração a níveis de Consciência mais elevados. Porque uma Alma Evoluída jamais negaria o Manto que a acolhe, jamais o ignoraria ou destruiria. E porque ao compreender os Ritmos do Mundo que o rodeia, o Homem passa a compreender os seus próprios Ritmos e os dos seus Irmãos. Somos todos Um, células vivas de um mesmo Organismo, e esta é a Mensagem que deve ser passada e vivida a todos os Filhos de Lis. Não são necessárias grandes Palavras de Sabedoria, nem Templos grandiosos ou Comunidades Espirituais. Tudo o que é preciso é Ver, e não apenas olhar, Sentir, Compreender e Respeitar, vivendo em Harmonia e respirando com a Natureza.

   Embora restasse a sensação de que havia muito mais a aprender, ao Aspirante, agora Iniciado, é ofertado um doce sorriso. Na verdade, não há muito mais a ser dito. Este é um Conhecimento que se encontra impresso no ADN ancestral. Tudo o que é necessário é despertar a Consciência para a sua existência, como quem acende a ponta de um rastilho interminável. Agora, o Iniciado deverá regressar a casa, portando a outra margem da Ponte de Luz que foi criada, a expressão da Ponte Etérica que já existia; levando um pouco de Avalon consigo e deixando, em seu lugar, um pouco de Lis.

   Na despedida é convidado para uma peregrinação silenciosa pelos Jardins Sagrados do Chalice Well. Local de Cura, Silencio e Meditação, aqui encontra-se a fonte inesgotável de água vermelha, cujas propriedades de cura têm atraído viajantes desde os tempos do neolítico.


    Caminhando com os pés mergulhados nesta Nascente Sagrada, a Gratidão é profunda e a certeza da Perfeição Sublime da Geometria do Mundo avassaladora. A água pode ser bebida e levada, sendo uma Dádiva Divina, e o som cantante das suas cascatas é uma Melodia pura e cristalina.


    É junto ao Poço Sagrado, cuja fonte brotou depois de José de Aremateia ali ter enterrado o Santo Graal, que as Sacerdotisas Irmãs se juntam, de mãos dadas, sob as árvores consagradas e sob a maior dádiva dos céus à terra, a chuva. Duas das suas Irmãs preparam-se para regressar a casa e, embora os momentos que partilharam tenham sido breves, o Elo é real e palpável. Além disso, o espaço e a distância nada dizem nem ao Coração nem à Alma. E a Vida é como o Mar, traz e leva e volta a trazer, consoante as marés do Destino.

Poço Sagrado

    Como que para o comprovar, e uma vez mais inesperadamente, duas ofertas foram preparadas. Um medalhão com o símbolo que guarda a cobertura do Poço Sagrado, o Vesica Piscis, que representa a união do Mundo Espiritual com um Mundo Material, no centro do qual se encontra o Homem. E um anel dourado com o símbolo da Flor-de-Lis, em nome da Ponte estabelecida, e o qual surge aqui e ali, por toda a cidade, em azulejos e pinturas antigas, representando a Mãe, tal como foi adoptado por Garcia IV, Rei de Navarra, que o passou a usar como símbolo do seu reinado, após ter sido curado de uma grave doença depois de ter tido uma visão da Nossa Senhora desenhada no fundo de um lírio.

   E assim o fim de um Ciclo marca o início de outro. Para trás fica Glastonbury e as suas lojinhas, Avalon e as suas Brumas e Mistérios, e a Ilha Sagrada, agora uma nova casa, onde Irmãs de Tempos Imemoráveis aguardam um novo Regresso.


Sophia C.*